Instituições que desenvolvem pesquisa em Minas Gerais, dentre elas a UFMG, manifestaram, no dia 8 de março, preocupação com o corte de verbas da Fapemig. Os cortes representam atraso e paralisação de milhares de pesquisas, o que vai comprometer o desenvolvimento científico, econômico e social no Estado. Mais de 650 mineiros já foram prejudicados com a medida, número que pode chegar a casa dos milhares.
Em nota, a reitoria da UFMG salienta a importância do recurso para o estado. “A maioria das nações do mundo que se desenvolveram intensamente após crises econômicas apostaram fortemente no investimento em ciência, tecnologia e inovação”, realça a nota.
Atualmente, mais de 90% das pesquisas desenvolvidas em Minas Gerais são feitas em instituições de pesquisa como a UFMG. A Fapemig é a principal fomentadora de pesquisas no Estado e uma das mais relevantes no país.
O investimento público em pesquisas não é exclusividade de países emergentes. Israel, Finlândia e Japão, por exemplo, investem mais de 3% de seu PIB em pesquisa, mais do que o dobro do Brasil, que investe 1,3% do PIB. A constituição mineira estabelece que o investimento no setor deve ser de, no mínimo, 1% da renda líquida do Estado. Entretanto, na prática, esse repasse não vem ocorrendo e, atualmente, ainda sofre com cortes.O INCT ETEs Sustentáveis endossa a posição da UFMG e demais instituições de pesquisa que compuseram a reunião do dia 8. Como já nos manifestamos, a ciência deve ser vista como um investimento capaz de impulsionar nosso estado e nosso país a um elevado patamar de desenvolvimento humano, tecnológico e ambiental.